segunda-feira, 22 de julho de 2013

ALMOST unreal




Babe
Come in from the cold
And put that coat to rest
Step inside
Take a deep breath
And do what you do best
Yea
Kick off them shoes
And leave those city streets
I do believe
Love came our way
Fate did arrange
For us to meet

I love when you do
That hocus pocus to me
The way that you touch
You've got the power to heal
You give me that look
It's almost unreal
It's almost unreal

Hey
We can't stop the rain
Let's find a place by the fire
Sometimes I feel
Strange as it seems
You've been in my dreams
All my life

I love when you do
That hocus pocus to me
The way that you touch
You've got the power to heal
You give me that look
It's almost unreal
It's almost unreal

It's a crazy world out there
Let's hope our prayers
Are in good hands tonight

I love when you do
That hocus pocus to me
The way that you touch
You've got the power to heal
You give me that look
It's almost unreal
It's almost unreal

sexta-feira, 19 de julho de 2013



Era Escura - parte 4


Necessidade de desequilíbrio...

Já viu alguém regando água?
Não é impossível... mas, sim, desnecessário.
Da mesma forma, só há necessidade de controle/mudança aquilo que é descontrolado ou de alguma forma desajustado aos seus padrões.
Apesar de saber da constante busca de controle/mudança total por quem o faz, acredito que há uma grande controvérsia nisso tudo.
Que surreal seria se não tivesse que mudar mais nada numa situação onde dois ou mais seres interagem!
Se não existisse mais nada a ser lapidado/melhorado?
Se não te gerasse mais nada com que se preocupar?
Se não te deixasse em desequilíbrio?

A perfeição talvez seja a busca mais maluca e controversa do mundo. Por que na realidade ninguém a quer.
Ninguém quer algo estático, que não possa interagir. Não se interage com a perfeição... ela está lá, sozinha e perfeita... um porre, como só ela consegue ser.

Então, o grande dilema está no entendimento de que o objetivo não é a perfeição, mas o controle do caminho até ela... inclusive do não alcance dela!
A necessidade de estar no "quase lá" e desequilibrar só para ter com o que interagir/consertar/mudar.

Não tenho interesse nenhum em ser perfeita... mas em ser o perfeito desequilíbrio para as necessidades de controle/mudança.

Desejo que me queira perfeita somente quando não me quiser mais.


Era Escura - parte 3


Se o talvez tivesse vez...

Talvez eu devesse, por incerteza do dever, permanecer devendo
Por que se o dever fosse verdadeiramente devido
Com certeza não o deveria... o daria a ti.

Um dever devido, à sua maneira correta não foi dito
Se assim o fosse, não seria uma dívida, mas uma dádiva a ser doada
E não a dor de uma dívida que não é compartilhada.

Deixe o talvez, dispa-se de suas dúvidas e deixe-me doar,
E que devagar a dor desapareça a cada dia
Diante da distância que não vai perdurar.


Era Escura - parte 2

A fera na bela

Alma suja de um corpo alvo
Dentes alvos de um sorriso sujo
Olhar doce de olhos salgados
De que adianta prostrar-se tão bela
Diante desta vida que não é a dela

Tato intruso é ato falho nos sentidos
O sentido abstrai-se ao toque
E a alma suja se limpa no desejo
Da redenção da rendição

Que dizer, se não calar
Que fazer, se não parar
De falar palavras limpas
De fazer com que se sinta
Parte do que nunca foi

E esta alma suja não há quem possa
Seja por vontade
Ou em busca da verdade
Limpar só por que não gosta
Era Escura - parte 1

Eis que um belo dia, refém da curiosidade, decido nadar na piscina do desconhecido... parecia rasa, mas sugestivamente não tinha nenhuma placa de profundidade. Nem escada, nem guarda vidas, nem águas límpidas.
E por que diabos alguém se apoiaria apenas na curiosidade para mergulhar ali?
A curiosidade te leva apenas até a borda... e ela nem te empurra! O que faz mergulhar é outra coisa... é uma coisa que não tem nome.
Esta coisa entra na sua alma antes mesmo que passe pela pele. Ela justifica como causa, mas não explica os porquês.
Na realidade não há necessidade de explicação, apenas de aceitação da situação... e não uma aceitação pacífica, mas de derrota premeditada - se é que posso chamar de derrota.
Quando a última célula do dedo deixa de tocar a borda, logo antes do mergulho, vem talvez a primeira grande descoberta: essa coisa não te empurra... ela só te desequilibra e a sensação de perda do controle é que te fascina e faz mergulhar divinamente, mesmo no desconhecido.
E sem o controle tudo fica puro e o desconhecido se apodera de você no seu momento mais íntegro e ao mesmo tempo vulnerável... o bem e o mal realmente deixam de ter significado e sua única função é se render.