sexta-feira, 19 de julho de 2013



Era Escura - parte 2

A fera na bela

Alma suja de um corpo alvo
Dentes alvos de um sorriso sujo
Olhar doce de olhos salgados
De que adianta prostrar-se tão bela
Diante desta vida que não é a dela

Tato intruso é ato falho nos sentidos
O sentido abstrai-se ao toque
E a alma suja se limpa no desejo
Da redenção da rendição

Que dizer, se não calar
Que fazer, se não parar
De falar palavras limpas
De fazer com que se sinta
Parte do que nunca foi

E esta alma suja não há quem possa
Seja por vontade
Ou em busca da verdade
Limpar só por que não gosta

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